Olá, tudo bem pessoal?
Essa semana a Cia. Peripécias se reuniu para discutir e dar sequência na pesquisa de Clown (ou palhaço, caso prefiram assim) que o grupo realiza.
Confesso que em todos esses anos de teatro uma das figuras que mais me chamou a atenção e encantou foi o Clown, que infelizmente no Brasil é uma figura ainda marginalizada e tida como arte menor em relação a outros tipos de intervenções cênicas. Talvez porque ainda existam muitas pessoas sem instrução que colocam um nariz vermelho na cara e saem fazendo besteiras sem realmente conhecerem a grandeza e a complexidade que cerca e liga esse ser de luz e encantamento ao mundo em que vive e às pessoas que o cercam.
A menor mascara do mundo (o nariz vermelho) tem um poder de transformação muito grande, pessoal e social.
O clown não se interpreta, o clown é o ator, ou melhor, o ser humano dilatado. Se lutamos para sermos bem sucedidos socialmente o clown faz o contrário e deixa transparecer todas as suas mazelas, tudo aquilo que existe de mais ridículo nele, e se mostra assim, despido da personagem social que revelamos todos os dias, e livre para experimentar uma liberdade verdadeira, real, através do contato com os outros e com o mundo.
Hoje eu, Fátima Pessoa e Tatiane Archila fizemos uma saída às ruas afim de desenvolver nossos clowns. É incrível como intervenções artísticas nas ruas ainda assustam as pessoas no interior, ou pelo menos algumas delas... Algumas se sentem comovidas, outras querem dançar com você e te abraçar, mas outras fingem que não são com elas (parece até que não estamos ali), mas adoramos isso, 90% das pessoas entendem o que está acontecendo e te da atenção, para para te ouvir, enfim, ainda existem pessoas que se permitem sorrir. GRAÇAS A DEUS! E é por isso que continuamos firme! Porque acreditamos no riso e na alegria como forma de transformação social...
Até a proxima! Quem sabe não nos vemos por ai...?
Abraços...
Rodrigo Matias (cia.peripecias@gmail.com)